Um dos grandes destaques da temporada no MX1 GP Brasil, Gustavo Pessoa tem mostrado evolução e a volta de seu ritmo a cada etapa. Pessoa, que por muito tempo travou grandes disputas com Fábio Santos, (atual líder da categoria principal) desde as categorias de base até a MX2, hoje é um dos destaques da categoria, contribuindo diretamente para manter a bandeira brasileira nas primeiras colocações.
Em 2023, Gustavo fez sua melhor temporada na MX1, terminando em terceiro na classificação geral. Após tempos de altos e baixos, graves lesões e perda de ritmo, o piloto aos poucos volta a reencontrar a boa forma e os últimos resultados são prova disso.
Segundo melhor brasileiro da MX1 em Palmas e também na classificação do campeonato, o piloto que defende a JP Pro Honda Circuit conversou com o Show Radical para falar sobre as últimas temporadas, momentos difíceis na carreira durante os últimos anos e a redenção. Das 4 etapas do MX1 GP Brasil realizadas em 2025, o piloto ficou fora do pódio em apenas uma delas, na abertura.

SR: Você tem sido um dos grandes destaques da MX1 nessa temporada. Sente que está voltando ao melhor ritmo?
GP: Essa temporada tem sido bem diferente pra mim. Pra falar a verdade, tem momentos em que eu me pego até um pouco surpreso, porque o ano passado foi muito difícil. Tive inúmeras lesões: duas no ombro, uma no tornozelo, e a pior de todas foi a lesão na cabeça, que poderia até ter me tirado das pistas e encerrado minha carreira um pouco mais cedo. Mas Deus foi muito generoso comigo, e sou extremamente grato a Ele por ter me dado mais uma oportunidade de continuar fazendo o que eu mais amo.
Estou voltando a trabalhar com pessoas de quem eu gosto muito, com quem já trabalhei antes — a equipe JP. Estou perto da minha família e treinando com meus preparadores, todos que já me acompanham há bastante tempo. Estou voltando; acredito que ainda não estou no meu melhor ritmo — acho que em 2023 eu ainda estava melhor —, mas estou chegando lá. Estou trabalhando muito para evoluir como terminei a temporada de 2023, que eu acredito ser o meu objetivo.
Estou batendo minhas metas nos treinos; acredito que comecei a atingir meus tempos ideais nos últimos dias. Agora estou no processo de, como se diz, transferir o que faço nos treinos para as corridas. Estou muito contente com a minha temporada, mas acredito que ainda há um “gap” até que eu volte à minha melhor performance. Estou muito focado nesse objetivo: voltar à minha melhor forma possível, para estar ainda mais competitivo com os pilotos da categoria MX1″.

SR: O que mudou na sua preparação ou mentalidade para alcançar esse bom ritmo novamente?
GP: Bom, na verdade, o que mudou bastante na minha preparação nesta temporada — como eu disse — foi que voltei a trabalhar com as pessoas com quem sempre trabalhei. No ano passado, não consegui estar muito com elas, tive que me afastar, e acho que isso também interferiu um pouco nos meus resultados e na minha confiança. Mas, nesta temporada, voltei a trabalhar com todos que acreditam em mim e que me conhecem há muito tempo. Isso tem me ajudado bastante.
Eles também sabem que ainda não estou na minha melhor fase, mas estou evoluindo, e eles acompanham essa evolução. Acredito que isso já tem me ajudado muito a alcançar esse resultado. Para mim, que voltei de lesão, lembro que no primeiro treino — estava com o Garibi — fui treinar e estava tomando cinco segundos deles.
Ano passado, depois da minha lesão na cabeça, fiquei completamente fora de forma. As calças de motocross nem fechavam! Engordei bastante por conta da cirurgia na cabeça, porque não pude fazer nada e tive que tomar remédio controlado. Por isso, digo que ainda não alcancei minha melhor fase — foi uma lesão muito séria. Mas todos têm me ajudado muito a voltar a ser competitivo. Ainda acredito que temos um caminho pela frente para alcançar resultados ainda mais incríveis.

SR: Você foi o segundo melhor brasileiro na MX1 em Palmas e também é o segundo melhor brasileiro na classificação geral. Qual é a estrategia para manter a boa performance brigando de igual para igual com o pelotão da frente?
GP: Bom, na verdade, o que mudou bastante na minha preparação nesta temporada — como falei — é que voltei a trabalhar com as pessoas com quem sempre trabalhei. Ano passado, eu não consegui estar muito com elas, precisei me afastar, e acho que isso interferiu um pouco nos resultados e na minha confiança.
Mas, nesta temporada, voltei a trabalhar com todos que acreditam em mim e me conhecem há muito tempo. Isso tem me ajudado bastante. Eles também sabem que ainda não estou na minha melhor fase, mas estou evoluindo, e eles acompanham essa evolução. Acredito que isso já tem contribuído muito para eu alcançar esse resultado.
Voltei de lesão, e lembro que no primeiro treino — estava com o Garib —, fui treinar e estava tomando cinco segundos deles. No ano passado, depois da lesão na cabeça, fiquei tão fora de forma que nem as calças de motocross fechavam. Engordei bastante por conta da cirurgia, porque não pude fazer nada e precisei tomar remédio controlado.
Por isso, eu digo que ainda não atingi a minha melhor fase — foi uma lesão muito séria. Mas todos têm me ajudado muito a reconquistar meu ritmo, a ser competitivo novamente. Ainda acredito que temos um gap a superar para alcançar resultados ainda mais incríveis.

SR: Desde a sua primeira passagem pela equipe JP você sempre desempenhou muito bem dentro das pistas, conte um pouco sobre o suporte que a equipe oferece.
GP: Desde 2002, foi a primeira vez que comecei a trabalhar com a JP. No primeiro ano, tivemos uma ajuda — eu recebi uma moto que eles me forneceram junto com o Sandro. Em 2023 também foi assim: eles me forneceram uma moto, e o Sandro me deu outra. É uma estrutura realmente bem privada.
E, cara… em 2023, eu terminei em terceiro no campeonato. Falando a verdade, sempre que olho para trás eu penso: “foi um negócio de louco como consegui alcançar isso sendo totalmente privado naquele momento”.
Trabalhar com eles sempre foi muito bom. Sempre foi algo leve, porque eu posso trabalhar da maneira que eu gosto. Eles confiam em mim, sabem que sou um piloto dedicado e acreditam no meu jeito de trabalhar. Por isso, nunca tive aquela pressão ou cobrança desnecessária — até porque eu já me cobro bastante. Então eles me deixam tranquilo, livre para trabalhar da forma que me sinto bem, e confiam em mim.
Além disso, eles têm a mente bem aberta para acertos de moto. Enquanto alguns não aceitam muito a opinião do piloto, eles são diferentes. Eles escutam bastante, valorizam a opinião do piloto — e isso faz total diferença nos meus resultados, principalmente agora, em que estou voltando a me destacar depois do ano passado.
Estou muito feliz por estar trabalhando com eles novamente nesta temporada. Acho que ainda temos muito caminho pela frente, e vamos evoluir bastante.
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